terça-feira, fevereiro 21, 2006

A tua pequena história...

Para ouvir: Coldplay "X and Y"
Beija-me os lábios, limpa deles o calor do sol e o sal do mar que acalmou e viveu a nossa paixão. Agora abraça-me... mata a sede que tive de ti durante os anos vazios que me privaram da tua presença... Não duvides de mim, aceita o que te dou como uma prenda do que nunca te pude dar... vive-me sem medo do que o tempo possa trazer ou o que o passado possa revelar. Agora é o momento para partilhares o teu batimento cardiaco comigo... respirares comigo! Seres meu como sou tua...

2 comentários:

manuel_well disse...

A TUA GRANDE HISTORIA...parte I

Não me era concebível sequer a possibilidade de ter saudades do que nunca vi, sentir a falta de quem nunca tinha tido sido meu, ou sonhar com quem não existiu. Forte convicção essa, abalada e derrubada por terra no dia em que nos cruzamos, quis fugir a essa verdade ludibriando a afabilidade sentida com falsas indiferenças, cego ao teu olhar, surdo às tuas palavras.
O rosto da tua alma pura, sem cara definida, teimou em iluminar os meus dias, como a bênção da luz de um farol que nos guia a bom porto.
Deixei de me sentir perdido, sempre que aquele raio cintilava ao longe, dando o sinal de tranquilidade rasgando a névoa do denso cepticismo que me impedia de te sentir. Quis ir a terra, verte de perto e agradecer a providencia que preenchia as minhas noites mais escuras. Pouco remei, cedo descobri que essa luz que me cativou não me era exclusiva, em abono da verdade, eu é que era guiado pelo foco que não me era dirigido, a convergência dos caminhos é que pôs na mesma rota do outro navegante, restavam-me apenas as centelhas, sobras dos teus incandescentes raios. Quis a roda da fortuna levá-lo para outros mares, dei por mim na enseada sozinho, só eu e tu, faroleiro saudoso do seu amado navegante. Amargurada pelo desgosto, quiseste extinguir a luz que o tinha guiado, pedi-te que não o fizesses, pois apesar de não me ser dirigida, eu acompanhava a sua esteira. Muni-me de todo o carinho e despojei-me das mais elementares defesas para vencer a tua relutância. Fiz-te recordar que a alegria de dar não significa que temos de receber, dando-te todo o meu magro pecúlio sem fazer caso que o devolvesses. Obrigado por teres acreditado em tão genuína oferta, pois deste-me a hipótese continuar a ser guiado por ti.

M to M

manuel_well disse...

Voltei para o meu mundo...

De repente acordei e vi que já não estavas… procurei o espaço vazio da cama, ainda à pouco preenchido por ti, à espera de encontrar um resto do calor que o teu corpo emanara, expectante que ainda perdura-se nos lençóis que te aconchegaram... Estavam quentes! Partiras à tão pouco... Só nesse momento vi como era forte o teu calor! Pois apesar de se ter dissipado ainda remanescia, ténue, mas forte o suficiente para refrescar o meu olfacto numa lufada em forma de lembrança do cheiro da tua pele que se entranhou dentro de mim. Deixei-me extasiar por todas aquelas memórias que não quero perder, pois são tudo o que me resta de ti... Adormeci, embalado e vencido pelo cansaço resultante de tão forte momento. Quem me visse dormir, não podia deixar de reparar no tranquilo sorriso que denunciava a serenidade que ia dentro de mim! Voltei de novo para o meu mundo de "faz-de-conta", tão pequenino que só lá cabiamos os dois, como se fosse um cenário roubado de um planeta imaginado por Saint Exupery, onde uma serena brisa traz-nos os eco do riso misturado com o som das palavras do Princepezinho com a Raposa: "quero cativar-te"...

M to M